A divisa de fundos tem aprox 65m, a profundidade varia de uns 28 a 35m nas divisas noroeste e sudeste, respectivamente. Notar na Dinarte prox à divisa prédio novo construído nos fundos de casa mantida. Removendo a vegetação do fundo do lote pode-se pensar em fita (galeria lateral) com uns 9-10 de espessura...
Apartamentos tipo "ploft" (quáquáquá) 7,5m testada x 8 profundidade, 'simplex' e/ ou duplex voltados para nordeste (miolo da quadra) ou sudoeste (Luciana) ?
8 x 7,5 = 60 m , 8 por pav x ...
Mantém-se parte das casas 4-5 m para operações de bar/ café/
ALGUÉM SE HABILITA?
Vamos mostrar pra eles que coisa boa depende de cliente bom - e Arquiteto bom é claro!
Abaixo, aprox 60 x 16 m, 56 vagas em um nível.
As casas da Luciana: nem preservar nem destruir, mas sim construir!
Pela ótica do capitalismo (selvagem? graças a ele que a humanidade teve mais progresso no último século e meio do que em toda a sua história...), a área é de propriedade privada, portanto desde que seja cumprida a lei, tchau casas e vollá, extraia-se a maior rentabilidade possível. Pela ótica do preservacionismo, trata-se de local com preexistencia de valor significativo, que deve ser mantida em benefício da "memória coletiva" (mas quem paga expropriação, reforma, manutenção, operação? NÓS?).
Ora, trata-se de um falso dilema. O que está lá nem é uma arquitetura excepcional (da fachada para dentro, são espaços ordinários, comuns, irrelevantes) mas sim um interessante espaço público definido pela frente do conjunto, do qual faz parte o passeio adjacente, a vegetação, a caixa da rua...enfim, UM LUGAR. Lugar este que dista poucas dezenas de metros da calçada da fama, nossa modesta mas nem por isso menos nobre Oscar Freire. Como poderia o proprietário da área não pensar na realização do ativo?
A resposta se encontra uma quadra abaixo, na paralela Dinarte Ribeiro. Junto à divisa de fundos do terreno das casas da Luciana, construiu-se prédio baixo, de 4 pavimentos, atrás de casa existente que foi preservada. Para quem passa pela calçada, mal se pode perceber que ele existe. Tal solução não poderia ser empregada na Luciana? Tendo o terreno cerca de 30 metros de profundidade, ocupar faixa de 15 ao fundo para construção nova e manter a quase totalidade da construção original - adaptada/ reformada/ reconvertida para usos de comércio e serviços - não seria uma estratégia que poderia satisfazer as duas demandas?
Sim, para uma intervenção adequada e bem proporcionada (7 pavimentos no miolo da quadra, por exemplo?) quase certamente a metragem construída resultante não atingiria a expectativa inicial da construtora, mas afinal quem sabe levar esses m2 não utilizados como ativo para outro empreendimento? Ainda no âmbito dos valores tangíveis, haveria renda oriunda do aluguel dos espaços comerciais e a evidente valorização do empreendimento, que passaria de vilão a parceiro em uma operação em que todos ganhariam.
Agora, o final feliz. Livres do maniqueísmo primário e redutor, as casa da Luciana transformam-se em charmosos café, bar, restaurante e clube de música - e sim, acesso ao condomínio e garagens - animando o recuo de frente agora ocupado por pessoas, utilizando as mesas e bancos sob pérgolas ornadas por trepadeiras, assim como em Amalfi, São Francisco e outras cidades com espaços maravilhosos. Aquele hoje belo, mas abandonado lugar evoluiria como atrator urbano, mantendo o seu melhor e agregando mais qualidade e mais vida, e porque não mais desenvolvimento. Afinal, o que interessa é construir uma cidade melhor, não é mesmo?


Professor, acho que é um exercício válido. E pq não uma tipologia no estilo Unité d'Habitation de Marseille. Social a sudoeste e intimo a noroeste. Economizando em circulações e maximizando área privativa vendável uma vez que o m² deste empreendimento é e será um dos mais caros de Porto Alegre. Há de se cogitar o passivo que representa um viés de mais de 10anos de briga judicial e a localização. Vale lembrar que as casas estão mutiladas devido a anos de uso comercial sem crítério. Acho que será um exercicio bem legal!
ResponderExcluirOK Max, mas o tipo Unité tem largura incompatível com a pouca profundidade do terreno. O tipo galeria lateral permitiria algum recuo de fundos e muito bom recuo de frente, permitindo a manutenção de parte das casas e o uso comercial correspondente.
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